
Sobrenome toponímico português, com origem na Torre de Bacelar, em Valença, na província do Minho. A origem do topônimo vem de bacelo, “muda de videira”, do latim bacillum, diminutivo de baculus, “varinha” ou “pauzinho”. No brasão da família é representado um bacelo de duas varas.
O primeiro de que se tem notícia é Martim Afonso (de) Bacelar (ou Bacellar), nascido no ano de 130, era um fidalgo do rei dom Afonso IV (1291-1357) ., era neto por linha paterna do conde D. Martim Gil, que foi o Segundo Conde de Barcelos e usou o sobrenome Sousa, de sua bisavó paterna D.Guiomar Mendes de Sousa. D. Martim Gil de Sousa, era alferes de dom Dinis (1261-1325) e descendia da família de Riba de Vizela, uma da antigas da península ibérica. Martim Afonso se casou com dona Sancha Vasques, com quem deixou os filhos que deram seguimento ao sobrenome.
No Brasil, o sobrenome chegou no século 16 com o português Afonso Rodrigues Bacelar (ca. 1508-94), provedor da fazenda e capitão-mor da capitania de Itamaracá (1560 e 1573). O nome de família também é difundido por meio de Luiz Carlos Pereira de Abreu Bacellar (1751-1812), conhecido como “Luiz Carlos da Serra Negra”, por ser proprietário da fazenda Serra Negra, em Oeiras, no Piauí. Filho homônimo de um capitão-mor de ordenanças no Maranhão, ele foi cavaleiro da Ordem de Cristo, coronel de milícias em 1796 e membro da junta de governo da província do Piauí em 1811.